Folha em Branco
A mão corre ágil
E nela o lápis rabisca
Em cima de uma folha frágil
Preenchendo-a com cores
E no correr de um pincel
Deparo-me com a pedra
Olhei para a pedra no caminho
Era um espaço em branco
Olhei-o
Olhou-me
Pulei-o
Continuei a preencher a folha
Mas o maldito branco não sumira
Puxo o lápis de cor
Tento das várias
Azul, amarelo e preto
Vermelho rosa e até gelo
Mas não importa a cor
Nada confortava aquele branco
A pintura estava pronta
Mas o branco não terminava de se arrumar
O que ele fazia ali
O que ele precisava para sair
Preciso de uma cor
Preciso de uma razão
Preciso de uma inspiração
Mas de onde vem a falta dos mesmos
Sim, daquele branco
Sai de mim branco malévolo
Eu não quero você
Mas quero você
Porque de algum modo
Você continua aqui
Não, não se vá
Agora que se foi
Meu branco continua a ser branco
Sem você ou com você
Não consigo me entender
Sai de mim branco malévolo
Volte a mim branco malévolo
Sinceramente... esse foi o meu pior
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